Entre a primeira e a segunda viagem que fiz à Caraguatatuba, tive a oportunidade também de passar alguns dias em Ubatuba - SP durante o ano de 2016. Naquela época eu trabalhava das 12hrs as 21hrs e era difícil conseguir uma folga ou feriado para ir viajar.

Fiz reserva em um hotel no centro de Ubatuba, chamado São Charbel, que era um hotel simples, mas bem localizado, com diária de R$ 150,00 na época.

O plano era sair numa sexta-feira depois do trabalho, chegando após a meia noite no hotel, e fazer o trajeto de volta no domingo, voltando ao trabalho na segunda-feira. Mas nem sempre as coisas saem como planejado, não é?

A viagem de ida, apesar de cansativa, terminei sem problemas e, conforme esperado, cheguei no hotel próximo a 1 hora da manhã.

Praias de Ubatuba

Como fiquei pouco tempo, e também fiz passeios pela cidade, acabei não visitando muitas praias. Passei pela Praia do Félix, Praia do Tenório, e a minha preferida, que foi onde mais fiquei, a Praia Domingas Dias.

Para ter acesso a esta praia, é necessário entrar em um condomínio fechado, e deixar o carro estacionado em alguma das ruas do condomínio. Eles cobram pelo estacionamento. Depois tem uma pequena trilha até chegar na areia.

Foi a praia que eu mais gostei, com natureza ao redor e árvores que projetavam sombra na areia. Não sou uma pessoa que gosta de ficar carregando mil e uma coisas para montar "acampamento" na praia, então é muito bom chegar numa praia e ver que existe um "guarda-sol natural" a minha espera, já que eu mesma nunca carrego quase nada comigo.

Esta é também uma das praias mais tranquilas, e por ter seu acesso feito a partir de um condomínio, não espere uma variedade de quiosques, eventos e infraestrutura. Caso esteja pensando em comer lá, é melhor levar sua própria comida.














Aquário de Ubatuba

Além das praias, Ubatuba também possui um aquário, que não é muito grande, mas dá pra conhecer diversas espécies de peixes e animais marinhos. A entrada não é gratuita, mas achei o valor cobrado justo.

Ele possuía algumas atividades diferenciadas, como por exemplo, um tanque para entrar em contato com algumas espécies de animais, onde era possível tocar estrelas e ouriços do mar.


























Também havia um horário para alimentação de pinguins (isso mesmo, pinguins!) e cobraram uma taxa simbólica de apenas R$ 1,00. A preferência era das crianças, mas quando fui tinha pouca gente e consegui participar da alimentação entregando um peixe. É tudo tão rápido, mas vale a pena.

Eu, na minha ignorância, quando vi os pinguins, fiquei achando que os pobres coitados estavam sofrendo de calor. Fui perguntar a um dos funcionários como é que os pinguins conseguiam viver ali, pois não é como se o aquário onde eles estavam fosse climatizado e atingisse baixas temperaturas. Para minha surpresa, descobri que nem todo pinguim vive em lugares frios. Na verdade, existem certas espécies de pinguins que preferem viver em lugares mais quentes. O funcionário me disse que a maioria das pessoas geralmente não sabem disso e muitas vezes quando encontram pinguins feridos ou doentes na praia, na tentativa de ajudar, acabam piorando as condições deles colocando-os em baldes ou caixas com gelo, o que é muito triste :(





















No final da exibição dos animais havia um museu, e em seguida uma loja de artigos relacionados.










Apesar de rápida, eu diria que a viagem foi proveitosa, mas de maneira alguma eu esperava o que estava por vir. O trajeto de volta foi o mais cansativo e problemático de todas as minhas viagens até hoje. Acabei atrasando e saindo mais tarde do que esperava e, para minha infelicidade, acho que aquele era um final de semana em que a maioria das pessoas havia decidido ir para a praia também, e pior, voltar para casa no mesmo dia que eu.

Sair da cidade e chegar a rodovia já foi um pouco difícil, mas quando eu e meu namorado chegamos a serra, aí é que o transito literalmente parou. Perdi a noção de quanto tempo estivemos lá, passaram se 2, 3, 4 horas, a noite chegou, e com ela foi também chegando o desespero. Havia alguns momentos em que as pessoas simplesmente desligavam o carro, de tão lenta que andava a fila.

O tempo todo carros saíam da fila pela direita, e tentavam ultrapassar os outros carros pelo acostamento. Motoristas nervosos de vez em quanto tentavam bloquear a passagem dos "espertinhos" que não queriam esperar na fila.

Acredito que começamos a viagem por volta das 18hrs, mas só terminamos a subida da serra após a meia noite. Assim que encontramos um posto, paramos para comprar energéticos. Hoje, eu penso que deveríamos ter achado algum lugar para dormir, mas estávamos tão cansados, e pensando que no dia seguinte tínhamos que trabalhar, que tudo que nós queríamos era chegar logo em casa.

Continuamos a viagem, e ao invés de chegar em casa na noite de domingo, como planejado, fui chegar por volta das 7hrs da manhã de segunda-feira, sendo que tinha que começar a trabalhar ao meio dia.

Confesso que ficou um certo trauma com viagens para praia por conta deste incidente, e cheguei a ouvir declarações nervosas do meu namorado, tais como "Nunca mais vou viajar para a praia!", mas após um tempo, o medo passou, e eu fui capaz de pensar em ir para a praia novamente. Afinal, não é uma experiência que deve impedir as pessoas de se arriscar a ter momentos de alegria e diversão no futuro.